Mau tempo no coração

Mau tempo no coração

sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano Novo, vida velha!

Já lhe aconteceu estar só na passagem do ano?
Ou vive mesmo só ou ficou só porque os outros foram a uma festa ou, simplesmente, já se foram deitar?

E olhe um exemplo:
Você ficou ali, entre a TV difundindo programas de passagens de ano animadas, (todo mundo parecendo divertido - natural ou à força, já que pagaram pela diversão... que remédio senão fingir até se convencerem), e mais uma taça de espumante.

E outra, porque não? Afinal, a festa é sua, somente sua e nem vai conduzir. Conduzir?
E até quando vai poder dar-se ao luxo dum carro?
Pensando bem, quem sabe se mais uma taça não terá a vantagem de alegrar essa famigerada passagem de Ano solitária?
Beber? E até quando vai poder dar-se ao luxo duma taça de espumante?

Então, é certo que aí vem um Ano novo!... Pois, um ano Novo mas com os problemas do Ano Velho! Esses não se dissiparam apenas porque mudou o Ano.
As perspectivas não são animadoras, claro! Você não sabe para que lado se virar já que as dívidas não tardam a cair-lhe em cima.
E nem foi você que as fez. Ainda tem mais essa! Você só assinou um maldito documento como fiadora!
E continua à espera, todo santo dia, da chegada do correio: ou vem carta do banco a confirmar as piores previsões ou da segurança social informando que, por ordem do Tribunal, a sua pensão de reforma vai ficar sem um terço para pagamento das dívidas que você não fez.

Mas, alegre-se. Alegre-se porque o país está uma maravilha (mais endividado que você) e, se a sua pensão já hoje não chega e precisa de recorrer às míseras poupanças duma vida, já bem depauperadas pelos múltiplos pagamentos que foi obrigada a efectuar por causa do tal documentozinho, (e nem serviram para nada), depois é que vai ser bonito!
Pois... beba mais uma taça que tudo se dilui no abençoado álcool. Já não parece tão mau, pois não?
Feliz Ano Novo!

Comente comigo, por favor!

1 comentário:

  1. Já adivinhava um ano como este! Mas que documentos traiçoeiros.
    Em 73, a minha passagem de ano foi na rua, tinha chegado da escolta militar, não tinha combinado nada com ninguem, os colegas estavam de serviço. Vesti a minha camisa amarela e sai para a rua, ouvi tiros de alegria que para mim eram de triteza, comemorar com tiros! Não me recordo do resto, acho que fui para o apartamento dormir.
    Acho que se deve dar melhor aqui no blogue, eu não me entendo muito bem la no sapo.
    Torna-se dificil comentar aqui enquanto não se retirar o verificador de palavras. Se precisar de ajuda estou ao seu dispor.

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