Mau tempo no coração

Mau tempo no coração

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

AVC

Enfim, aconteceu o pior!
O marido sofreu um AVC há 2 meses.
Conviver com um doente de AVC é bem difícil – se tiver problemas de Alzheimer, então…
Ninguém, mas ninguém mesmo sabe como é difícil viver paredes meias com uma pessoa afectada pelo Alzheimer.
O que fazem e dizem é tudo tão tremendamente incrível que nos abismamos todos os dias, nos surpreendemos pela negativa diariamente.

A vida corre parecendo um filme desajustado; uma peça de teatro mal ensaiada onde as surpresas se sucedem sempre desagradáveis.
E não existe ponto para ajudar o actor nem os familiares…
O cansaço destes últimos acumula-se.  

É voz corrente que quando os doentes melhoram ou morrem, o cuidador afunda.
Não será o meu caso porque não posso afundar; ainda tenho um filho a quem preciso acudir e encaminhar na vida.
Ao meu cuidado ainda estão também duas cadelas e um casal de gatos.
 
A casa não pode cair. Deus me livre de desmoronar porque não haverá ninguém para me apanhar.
Continuarei até onde Deus quiser, enquanto Ele me der forças e cabeça. 

E você? Já teve ou conhece alguém com um caso semelhante? 

Comente comigo, por favor!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tudo vai mal neste país

Não têm a noção de que tudo funciona mal desde a v/casa até ao Estado?
Pois é essa a sensação que eu tenho!

A família anda preocupada e isso reflecte-se nas relações diárias; nas empresas, os funcionários não fazem o que devem; a incúria é um modo de viver que já se tornou numa regra; em todo o lado apenas subsistem dois desejos: fazer o menos possível e ter dinheiro.
É um estado geral e uma vivência que não leva a nada de bom e nos desencoraja.
As depressões sucedem-se mesmo que façamos de conta que não as sentimos.

Perdemos a fé no país, ou melhor, em quem nos devia dirigir mas só nos desorienta e confunde.
Queremos ajustar contas com quem nos rouba a esperança de viver!
Desejamos que os políticos sejam substituídos… mas por quem? Não sabemos.
Apenas descremos de tudo e de todos. Querem comer-nos vivos!

Não, não é uma boa vida nem conduz a nada de bom!

Comente comigo, por favor!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Solidão absoluta!

E os amigos que pensamos ter?
E os amigos que pensamos serem amigos?
E os amigos que pensamos ter e serem amigos e nem nos escutam?
E os amigos que pensamos ter e serem amigos e nem nos escutam e só querem falar deles próprios enquanto permanecemos calados?
E os amigos que pensamos ter e serem amigos e nem nos escutam e só querem falar deles próprios enquanto nós nos calamos e engolimos em seco, afinal para que servem???????

Há outros? Doutra espécie? Não sabia! Onde estão enquanto falamos a sós????????

E continuamos com os primeiros porquê?
Porque receamos uma solidão ainda mais intensa?
Ou receamos nem sequer ter amigos para escutarmos?
Ou receamos nem sequer ter amigos para escutarmos embora calados?
Porquê se na prática continuamos calados, solitários e vazios no meio deles?
Sobrará unicamente a reza, embora seja igualmente uma prática solitária?

Comente comigo, por favor!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Quem quer mudar de vida

Quem quer mudar de vida, tem que ir à luta.
Nada nos cai do céu se não nos mexermos.
Bem, há pessoas a quem a sorte sorri mesmo que nada façam para isso mas... são raros; nasceram com o rabinho virado para a Lua.
O comum dos mortais tem que sair de casa, deixar-se ver, confraternizar, tentar novos conhecimentos, amigos, etc.
Metido em casa, ninguém adivinha que lá está.
É preciso tentar a convivência com outro tipo de pessoas, esperar um golpe, ter fé. O Diabo não está sempre atrás da porta!
Que interessa a idade?
 
Quem não está bem, muda-se! Quantos anos terá esta frase?
Se não puder mudar-se de imediato, terá que esperar até surgir alguém e, aí, os dois, quem sabe, talvez possa surgir algo de novo!... Duas cabeças pensam melhor que uma.

Já não trabalha fora? Tente estudar qualquer coisa que lhe interesse; tente a Universidade da 3ª idade. Veja só quantos conhecimentos poderão surgir...  quantas pessoas solitárias... quantas desiludidas mas ainda à espera duma nesguinha de céu azul, um pedacinho de verde mar, um afago no coração...
Vá, tente e saia de casa: MEXA-SE, pela sua saúde e pela sua vida! Vá à luta! Nunca é tarde!

Comente comigo, por favor!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Vamos ao papo c/a amiga

Viu, como fica mais leve o coração quando a gente deixa a pena (tecla) correr?
De nada serve remoer pra dentro.
É isso mesmo, fala com o computador e aproveita para interiorizar, esclarecer.
Corações amargurados, com desgostos que pesam; quantas vezes sem entendermos muito bem as causas e os porquês dos que nos magoam e os motivos porque agem assim. Não é para eles nem para nós.
Imagina a minha vida sem ter ninguém com quem conversar... Vivo nesta casa, quase muda, só trabalhando e escrevendo no pc... De momento, só a tenho a si para conversar – ninguém mais.
Sabe, cada um tem os seus problemas que já lhe chegam. Os amigos da Net tentam tirar partido dos outros amigos para se divertirem, não querem saber das desgraças alheias. No dia em que vi como era, quase deixei de falar. Mesmo assim, às vezes ainda ensaio uma queixa, mas ao de leve, é mais sobre o estado político do país porque em política todos gostam de dar a sua opinião.
 
Fica bem, minha amiga. Tudo se resolverá mais cedo ou mais tarde.
Pelo menos, fique ciente que tudo muda para melhor ou pior mas muda, tal como as moscas... a merda é que é a mesma e no mesmo local.
 
Apesar de tudo, sempre sinto uma necessidade de conversar com Deus. Não rezo, apenas falo. É um monólogo cheio de interrogações, durante o dia, porque à noite, estou tão cansada que abro a tv quando me deito e para ali fica ligada, comigo a dormir e os gatos a ressonarem.
Fique bem e tenha fé.
Sua amiga...
 
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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sonhos, fora!

Não tenho mais chance de voltar atrás. Aliás, voltar atrás ninguém volta. Se alguém pensar fazê-lo, é pura demagogia. As palavras depois de proferidas não regressam à boca e o que passou não volta mais – mesmo que tudo tentemos para isso.
Recreamos situações que, na prática, não terão o mesmo gosto das anteriores vivências. Até podem ser melhores mas, iguais, nunca!

O homem que desejei ao meu lado, possivelmente nem existia no planeta. Era fruto da minha imaginação exacerbada. Era o sonho sonhado! Era o desejo do impossível.
O que dançava e se entregava à música, ao embalo...
O que sentia a música tal como eu e se deixava transportar nela e por ela... O que me enlaçava, fechava os olhos e vivia uma vida inteira num ritmo amoroso que durava 2 ou 3 minutos, enquanto interiorizava o poema e a voz do cantor? Será que existe tal pessoa?
Jamais a encontrei!
Agora, a minha companhia é um gato preto e branco, meio rafeiro, friorento em demasia, sempre a tentar dormir aconchegado na minha anca.
Sonhos, fora! Fora da minha imaginação! Não me perturbem porque não quero pensar no futuro e na impossibilidade de voltar a dançar.
Não! Pelo menos até que o meu companheiro se transforme num lindo príncipe encantado, me leve nas asas dum corcel branco até uma sala dourada e aí, vestida como uma princesa doutros tempos, dançaremos até à meia noite, perderei um sapato na fuga e voltarei a ser a gata borralheira do meu gato preto e branco meio rafeiro.

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domingo, 11 de março de 2012

Prisioneira da vida

A prisioneira numa vida sem sentido, numa vida contrariada e sem hipóteses de fuga, adoece.

Os sintomas agravam-se, acumulam-se sem que ela própria saiba como livrar-se deles.
Qual a doença? Não sabe. Até fica difícil explicar os sintomas que tanto a incomodam e transtornam.
Cansaço demasiado. Incomodativas dores na nuca. Dores musculares, pequenas e grandes, picadinhas nervosas, nervoso contínuo, desilusão, desinteresse, vontade de morrer, de desaparecer.
Uma diarreia sem causa aparente. Pontadas no peito e palpitações. Uma infecção ocular inusitada. Apetite variável, muito ou nenhum. Sono demasiado ou insónias. Uma incontinência desmedida; uns dias melhor e outros pior ou, até mesmo de hora a hora.

Se falasse, será que os outros iriam entender? Claro que não! Se nem o médico entende direito!...
Se não há saída ou mudança possível, o que resta? ..........................

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Por trás das palavras

Acredito que é possível conhecer alguém por e-mail, se apaixonar por e-mail, odiar por e-mail, tudo isso sem jamais ter visto a pessoa.
As palavras escritas no computador podem muito. Mas nem sempre enxergam a verdade.

Na madrugada chuvosa, mal dormida, põe música suave e vai ao computador contar a alguém especial as coisas mais íntimas do coração. Chora. Escreve. Olha para a chuva. Escreve mais um pouco. Envia.
Longe, pela noitinha desse mesmo dia, o destinatário da mensagem está dando uma festa. Todo mundo fala alto, ri, a música toca alto. A pessoa pega uma cerveja e dá uma escapada até ao computador. Abre o correio. Está lá a mensagem. Um texto longo que ele lê com pressa. Destaca algumas palavras: "a saudade é tanta.... sozinha demais.... dividir o que sinto..."
Que conversa e eu sem tempo! Responderá amanhã. Distraído, deleta.

Alguém pode escrever com raiva, dor, ironia, dificuldade, debochando, apressado, por obrigação, com segundas intenções.
Nada disso chegará ao outro lado da tela: a pressa, a hesitação, a tristeza. As palavras chegarão desacompanhadas. Seria preciso confiar no talento do remetente em passar emoção junto de cada frase. Como pouquíssimas pessoas têm esse dom, uma mensagem sensível pode ser confundida com secura, tudo porque faltou um par de olhos, um tom de voz, uma presença.

Se você passou a desprezar alguém, pode escrever "não quero mais te ver". Se você ama muito alguém mas há falta de sintonia, magoada pode escrever "não quero mais te ver". A mesma frase e significados diferentes.
Os resumos dos sentimentos, para serem explanados, precisam mais do que um sujeito, verbo e predicado. Precisam de toque, visão, audição. Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas subtilezas.
(resumo dum texto de Marta Medeiros)

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Síndrome da dor

O problema da síndrome da dor é geral. No mundo inteiro as pessoas revoltam-se e sofrem.

A dor não se vê, nem sempre assoma ao rosto, só quem a sente sabe da sua existência; daí que os outros não acreditem nela.
Felizmente, já vai havendo consciência disso, os direitos de quem a/as sofre já começam a ser reconhecidos pelos médicos.
Mesmo assim, o patronato e até os familiares ainda teimam em não acreditar.
Só à custa de Leis é que o patronato cede.
Os amigos e familiares, esses... não há Leis que convençam alguns deles.

E só Deus sabe como as dores morais, tédio, frustração, ódios, ressentimentos, cansaço da vida, etc. afectam o nosso corpo e doem. Dói na alma e no corpo.

Se conhece algum caso alheio ou pessoal...

Comente comigo, por favor.