É realmente um facto: «as coisas parecem
muito difíceis».
Quanto a mim, elas são demasiado difíceis de enfrentar diariamente -
comprovo-o todos os dias da minha vida.
Não é possível que o meu Portugal possa continuar a ser dilacerado
impunemente por tantos corruptos e vendidos.
A criminalidade, a insegurança, a degradação de serviços cívicos, saúde e
educação e, no meu caso, a inexistência da assistência à 3ª idade, como se
constituíssemos já um peso morto, sentimo-la todos os dias na pele e traduz-se
em depressões pela dificuldade duma vivência capaz e saudável.
Os doentes e os que ainda virão a adoecer por culpa do actual estado do
país e das condições financeiras, sentem-se traídos.
Os que sentem fome de comida e mais ainda de justiça, acham-se
impossibilitados de lutar contra tamanho descalabro.
Não é apenas a comoção da oradora no final da dissertação, é a comoção de todo um povo aviltado por uma classe política que não nos serve desde há muitos anos, por um padrão incompreensível de corrupção que nos tem vencido a alma e castigado o corpo.
Bem hajam os que ainda tentam preservar um pouco da luz que vai faltando a este Portugal, apesar de ser um país de grande luminosidade, mas são tão poucos!
Comente comigo, por favor!
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Laura Martins
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