Mau tempo no coração

Mau tempo no coração

domingo, 20 de março de 2011

Divã de psicanalista

Ah, hoje chamei um comprador que descobri na Dica do Lidl e me comprou uma data de rendas e toalhas antigas, muitas delas ainda feitas por mim.
Melhor dizendo, desfiz-me duma sacada de velharias que deram imenso trabalho a mim e à minha sogra; consumiram horas e horas de serões infindos e não valeu a pena.
Limpei duas prateleiras daquela tralha e enriqueci com 75 euros a mais na carteira.

Possivelmente, para a semana que vem, darei de presente ao mesmo indivíduo um serviço de jantar de Aveiro, para 12 pessoas, com tarja dourada e outro de copos em cristal.
Talvez até um outro de chá chinês e mais um japonês totalmente dourado. A julgar pela oferta das rendas, será mais uma prenda do que uma venda, mas estou realmente farta de tudo isto.

E hoje pus a casa à venda.
Quem dera poder passar um pano molhado sobre tudo e recomeçar do zero... mas isso faz-se até aí aos 35; depois... é tarde para recomeçar. Só por morte, acidente, força das circunstâncias, etc.
Muita coisa teria sido diferente se as minhas convicções não tivessem sido empurradas para a valeta. Sempre estive certa e jamais deveria ter feito concessões.
A gente só sabe disso depois... depois do acontecido.

Desta é que me vou embora e digo adeus a esta casa. Não me trouxe grande felicidade. Só foram 20 anos... Deixa pra lá!

Mas, esta mensagem... quem sabe não vou metê-la no meu blog da mulherada?
Não, acho que fica melhor aqui. Foi este blog que destinei aos desabafos, comentários e perguntas cretinas das almas amarguradas.

Comente comigo, por favor!

2 comentários:

  1. Laura, não sei bem o ocorrido... mas, seja o que for, pense que quaquer trabalho manual de valor estimativo, porcelana ou cristal é só "anel"... leve seu "dedos".
    Se faltar algum dedo, lembre-se do Lula...;-) e segue em frente.

    Na nossa próxima conversa, quero ver este blog mais claro, hein! ;-)

    Estou aí te abraçando... é molhado e salgado como o Atlântico, mas é um abraço sincero desta sua amiga virtual muito real.

    Janice

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    1. Grata pelo abraço, amiga Janice!
      Ando bem precisada!

      Afinal, a casa não se vendeu, por bem ou por mal, sei lá!
      A conjuntura do país degradou-se tanto que não está mais para vendas nem compras.
      Mas também não está para poupanças porque os portugueses já não têm dinheiro para poupanças nem para gastar no essencial.
      Há demasiada fome em Portugal, exceptuando nas casas dos governantes. Esses, governam-se bem a eles e mal o país!
      Não sei bem qual o destino que Deus me reservou, mas sair daqui não parece real.
      Aguardemos porque a restante vida já é bem menor do que a já vivida. Como o tempo passa! Que pena não o ter aproveitado melhor.

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